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Planos e Regras de Enquadramento
Planos
Planos e Ângulos
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Montagem ou edição é um processo que consiste em seleccionar, ordenar e ajustar os planos de um filme ou outro produto audiovisual a fim de alcançar o resultado desejado.
Para fazer essa passagem de um plano para o outro, pode-se utilizar um simples corte – cut – ou utilizar uma pontuação mais subtil e adequada à narrativa. Dessa forma, o encadeado mostra-nos a imagem do próximo plano sem que desapareça totalmente a imagem do plano anterior. Pode durar apenas frames, segundos ou mostrar-nos as duas imagens sobrepostas durante um tempo bastante sensível e então comunicar-nos uma sensação de grande suavidade. Esta suavidade pode ter um sabor ainda mais subtil se o jornalista conseguir estabelecer uma ligação estética entre as duas imagens.
O fundido, que é empregue para grandes divisões. Obtêm-se com o escurecimento (fad out) ou clareamento (fad in). Os fundidos marcam, geralmente, lapsos de tempo e permitem recordar acontecimentos do passado ou sonhos.
Outra técnica de pontuação é a cortina que é, geralmente empregue para uma mudança no espaço com simultaneidade de tempo. A cortina consiste em substituir uma imagem por outra por meio de uma linha que atravessa o ecrã. O espectador tem a impressão de que a imagem é pouco a pouco arrastada para o lado para ser substituída por outra.
Quando se “colam” os planos filmados, ou seja quando se faz montagem, tem de se seguir determinadas técnicas e regras. È necessário que os planos permitam continuidade ou, como lhe chamam os especialistas raccord.
O raccord faz a perfeita ligação entre dois planos sucessivos. Temos assim o simple raccord de objectos e acessórios, de gestos ou direcções, do ângulo de filmagem e do som. O raccord é, portanto, o elemento de continuidade fílmica.
O espírito do argumento será o assunto tratado pelo jornalista ou repórter. Este será comunicado ao espectador através de um fluxo de imagens visuais e sonoras que possuirão um significado, tanto individualmente como no seu conjunto.
O jornalista ou repórter terá de seleccionar as imagens que, juntamente com outras, proporcionem a melhor forma de comunicar o assunto da peça. Cada imagem é uma ideia, cada cena uma sucessão de ideias que, uma vez montadas, dão à narrativa uma fluidez lógica e aprazível.
Os planos devem ser vistos como fragmentos de uma única continuidade que facilite ao espectador a compreensão fundamental de uma cena e lhe dê possibilidade de a relacionar com as estruturas significantes apresentadas noutras.
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A perspectiva a nível da visão é um aspecto da percepção visual do espaço e dos objectos nele contidos pelo olho humano. Depende de um determinado ponto de vista e das condições do observador.
A perspectiva é determinada pela distância focal da objectiva e permite aproximar ou afastar o objecto filmado sem que haja deslocação no espaço físico. Assim, através do zoom in o olhar do espectador aproxima-se do indivíduo ou objecto (400/500 mm), enquanto o zoom out afasta o objecto e criam maior perspectiva (15/20 mm).
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A câmara é munida de mobilidade, desta forma pode abranger na sua visão tudo o que a vista humana pode alcançar, de conduzir o olhar do espectador para os gestos, as expressões, e para tudo aquilo que pode ser mais significativo.
Os movimentos são registados tirando-se sucessivamente centenas (ou até milhares) de fotografias (quadros) da cena com grande rapidez (usualmente 30 por segundo).
Existem os movimentos de rotação que a câmara pode executar sobre o eixo, ficando o tripé fixo. Estes movimentos são idênticos aos de uma pessoa que, sem se mover, roda a cabeça nas várias direcções. Estes movimentos são chamados de panorâmicas.
Outros movimentos são os de translação, nos quais a câmara, montada sobre um carro ou carris, viaja pelo espaço físico onde decorre a reportagem. Este movimento pode ser para a frente, para trás ou lateral (direita e esquerda). São os travellings.
A ausência de movimento, ou fixo, é também possível em reportagem, documentário ou qualquer obra de cinema ou televisão. É importante que existam momentos com a câmara fixa para que, quando se verifique movimento, o espectador ter uma percepção mais nítida dela.
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Normal
É o ângulo de câmara mais preciso e isento, porque os resultados são puramente estáticos. Quando o plano corresponde à visão objectiva que o espectador tem da situação, a câmara deverá ser colocada ao nível do olhar do indivíduo retratado, podendo corresponder à direcção do olhar do mesmo.
Picado
Enquadra a personagem vista de cima, num plano oblíquo superior, e pretende diminuir a sua força ou importância, fazendo-a parecer débil ou vulnerável. Estes grandes planos devem ser utilizados com cuidado porque podem provocar distorção.
Contra Picado
É oposto ao plano picado. A câmara é colocada a um nível mais baixo que o que contém a direcção normal do olhar de um personagem, de forma a captar o objecto que está a ser filmado de baixo para cima. Este ângulo provoca o aumento de estatura e importância de um personagem, de forma a colocá-lo numa posição dominante e forte.